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11/03/2017


Existem alguns momentos em nossas vidas, que somos chamados a virar uma esquina, alguém bate a nossa porta durante a noite e você tem duas saídas, ou atende e descobre (retirar o que cobre) quem ou o que bate, ou continua... Só que você sabe que continuar....continuar...(suspiros)...........................não é mais uma opção.

Há uma linha divisória que se faz imensa, qual abismo que se abre na sua frente e ou você pula e descobre que pode voar, ou fica na beira, entre o equilíbrio e o medo.

A jornada começa a se desenhar na sua frente e você vê a grandiosidade dos passos a seguir. Para que a tela seja colorida com as cores certas, as pinceladas devem ser precisas. Um chamado, uma canção que ecoa em sua alma e a única coisa que se tem vontade de fazer é silenciar e ouvir esse canto que nos eleva e nos leva ao coração, pois é nesse local sagrado que a canção nasce, é entoada a partir do mais profundo, do útero, das entranhas....e ecoa ao infinito, passa por todas as estrelas e segue, desenhando constelações rumo ao sol central!

Existe um momento que percebemos que não temos mais opção, não há mais a direita e esquerda no caminho, há apenas o centro, o equilíbrio, a Entrega. E essa entrega é o abismo, aquele quando olhamos pra ele e os olhares se encontram, percebemos que nesse instante a entrega se faz presente e nos pede: “ apenas vá”! Nosso maior medo, é que não sabemos o que há por trás desse: apenas vá. Quais mudanças. Quais responsabilidades. Quais....quais....

Por isso o que rege essa virada de esquina é a faceta divina chamada: Entrega. Ela nos pede para abandonar as correntes do medo, das angústias, dos dogmas e simplesmente entre na Entrega! Mas para entrar nessa qualidade divina há que se ter conhecido a Confiança, afinal apenas quem confia se entrega. E primeiramente precisamos Confiar no divino, em suas facetas, caminhos. A entrega é fechar os olhos e saltar o abismo que se abre, ainda que não saibamos qual profundidade, ainda que não saibamos o que há lá no fundo. Porque se confiamos sabemos que ali só existe o que é nosso e se há entrega, só encontraremos o crescimento. Se há crescimento, há consciência, se há consciência, a paz se fez!

Mas virar essa esquina.....encontrar essa divindade chamada entrega e honrá-la, requer outra divindade ou qualidade do divino, a humildade. Curvar-se perante o novo, curvar-se perante o inevitável.......e fazer-se aprendiz de algo maior do que nossos corpos físicos compreendem, mas que a alma nos mostra a todo instante: aceita, entrega, confia e Agradece. Só somos chamados para o que damos conta e os sinais nos chegam....em forma e anjos, de amigos, de entrega!

E...só damos conta para o que nos colocamos disponíveis.

Minha busca.

E a sua qual é?

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