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16/10/2014





Era uma vez uma menina, que tinha medo da vida, tinha medo de amar, porque tinha medo do que as pessoas podiam se transformar.
Era uma vez uma menina, que chorava pelos cantos, que gritava de dor, que urrava de raiva.
Era uma vez uma menina, que não aceitando suas sombras, se escondia sob o manto da tristeza.
Era uma vez, uma menina, que deixou de acreditar em sua força, que rastejava pelos cantos escuros de sua casa interna, pedindo um pouco de água para matar a sede de sua alma.
Era uma vez, uma menina que tinha lembranças da criança ferida, dos gritos e desamores pelos quais passou.
Era uma vez, uma menina, que após caminhar por muito tempo, em árido deserto, encontrou uma fonte, onde havia água cristalina, mas que precisava ser trocada.
A fonte falou:
Entregue-me o prazer de suas águas e eu te entrego a água da vida!
E assim, essa menina entregou-se, vibrou, chorou de alegria e sanou sua sede mais profunda.
Era uma vez, uma menina que estava pela primeira vez, sentindo profundamente o significado das palavras: consciência, perdão e acima de tudo Gratidão!
Gratidão por suas dores, por suas lágrimas, por suas tristezas, consciência de que tudo isso a fizera crescer e assim perdoou a si mesma, acolheu todos os momentos e dançou suas sombras olhando no mais profundo de seus olhos.
Era uma vez uma menina ferida, que desabrochou mulher felina e dançou toda sua força, nas águas da vida, que dela brotavam!
Era uma vez, uma mulher que jurou que dançaria, até que seu felino estivesse a seu lado, nem a frente, nem atrás e assim, sentiu-se plena, pois dentro dela tudo estava em paz. Sim ela sabia que havia sombras, mas essas eram seu melhor lado e nunca mais o renegaria!
Era uma vez, uma mulher/felina ou felina/mulher que estava curada!

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